Para o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Pedro Paulo Silveira, apesar de algumas dificuldades, "o resultado líquido é uma vitória do governo".
"Eu acho que o primeiro nome (Maia) já foi dentro do que o governo esperava. Eu imagino que reforça a ideia que vai ser mais fácil para o governo negociar com a Câmara tendo ele como interlocutor", defendeu.
Já o resultado do Senado trouxe algumas instabilidades. "(O contexto) mostrou um Senado mais problemático. A forma como aconteceu, bem turbulenta, pode trazer um pouco de emoção para o governo. Mas, no final das contas, sinaliza que o governo tem a maioria lá", disse.
Na atual etapa de debates envolvendo a Previdência, a principal reforma aguardada pelo mercado, Silveira disse que as atenções continuarão no Congresso, daí a relevância da vitória governista nas presidências das duas casas. "Passada a reforma da Previdência, os olhos dos mercados estarão mais focados nos ministérios do que no Legislativo", disse. O economista explicou que diversas pastas do governo já sinalizaram a elaboração de propostas importantes para destravar a economia - promessa do governo que já estaria até embutida nos preços dos ativos, com o Ibovespa se aproximando dos 100 mil pontos.
"Vitória do Davi pode ter deixado cicatrizes no Senado", diz economista
O economista-chefe da Necton Investimentos, André Perfeito, diz que ainda é cedo para avaliar os reais benefícios que tal cenário trará para o andamento das reformas. Segundo Perfeito, o mercado deve voltar a operar animado na segunda-feira.
"É provável que o mercado se entusiasme (com a vitória dos aliados), mas vai demorar muito ainda para a gente entender se eles (Maia e Alcolumbre) vão conseguir articular ou não. A vitória do Davi pode ter deixado cicatrizes no Senado", disse.
De acordo com Perfeito, o pleito tumultuado e o conflito com Renan Calheiros (MDB-AL) podem ser uma conta cara no futuro. "O custo elevado é que o Senado está conflitado. Renan (Calheiros) é um inimigo poderoso e eles conseguiram transformar ele em um inimigo (do governo) e isso preocupa", argumentou.
Perfeito ponderou, ainda, que a vitória de Maia não garante sinal verde para o governo na Câmara. "Maia conseguiu chegar de forma contundente e fazendo acordos tanto com a direita, quanto com a esquerda. Não se sabe que tipo de aliança é essa que se construiu", disse o especialista.
O economista-chefe da Necton lembrou que Maia pode facilitar o trânsito do governo, mas que ele sozinho tem poderes limitados. "As pessoas vão ter de ir atrás dos votos na Câmara. Não depende dele (Maia)", afirmou, acrescentando que o governo poderá ter dificuldade no andamento das propostas que dependam das mesas diretoras. Com informações do Estadão Conteúdo.
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