A formação de uma onda frontal provocou tempestades violentas de granizo nas últimas 24 horas em diferentes municípios do nordeste e norte da Argentina, onde estragos foram contabilizados.
No Brasil, um cavado, que foi intensificado pelo Jato de Baixos Níveis (JBN), despejou muita chuva sobre municípios do estado do Rio Grande do Sul, o que permitiu o aumento da parcela de umidade no solo, após o julho mais seco desde 1963, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Dados meteorológicos registrados
Até às 20 horas (Brasília) deste sábado (12), estações meteorológicas automáticas pertencentes ao Inmet acumularam precipitação de 107,6 milímetros em São Borja, 101 mm em Santiago, 89 mm em São Vicente do Sul, 80,4 mm em Santa Maria, 76,6 mm em Caçapava do Sul, 62,2 mm em Alegrete e em São Gabriel, 61,8 mm em Chuí e 52,2 mm em Quaraí.
A carta sinótica elaborada pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec/Inpe) às 18 horas (UTC), 15 horas (Brasília) mostrou o sistema frontal atuando entre o norte da Argentina, sul da Bolívia, oeste do Paraguai e Uruguai, além do extremo sudoeste gaúcho, ou seja, a precipitação que caiu em solo gaúcho foi provocada pela interação do cavado com o JBN e não pela frente fria, conforme rogado em peso pela mídia.
Em Mato Grosso do Sul, um vendaval atingiu o município de Porto Murtinho no início da noite, onde uma estação meteorológica automática, também operada pelo Inmet, aferiu rajada máxima de vento de 110,8 km/h.
Embora a estação tenha reportado vento máximo partindo da direção noroeste/norte, o surgimento da instabilidade deu-se pelo deslocamento do cavado e pela forte atuação do JBN na fronteira com o Paraguai, o que é comum em situações pré-frontais.
O radar meteorológico operado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) no município sul-mato-grossense de Jaguari mostrou apenas faixas pequenas de chuva adentrando pelo sudoeste e sul de Mato Grosso do Sul.
A previsão feita pelos meteorologistas do Cptec/Inpe é de que o sistema frontal avance no decorrer do domingo (13) até o sul de Rondônia, além de invadir áreas do sudoeste e sul de Mato Grosso, grande parte do Paraná e de Santa Catarina e chegando mais à noite ao oeste de São Paulo.
A imagem integrada dos radares do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) da Rede de Meteorologia do Comando da Aeronáutica (Redemet) ilustrou às 20h45min, uma grande área de chuva atuando entre o centro, leste e noroeste do Rio Grande do Sul adentrando pelo oeste de Santa Catarina.
Já os radares meteorológicos mantidos pelo Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) mostraram, no mesmo horário, chuva forte distribuída entre as regiões de Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão e Santa Helena.
A projeção abaixo feita pelo modelo European Centre for Medium-Range Weather Forecasts (ECMWF) mostra que a frente fria, ao avançar para norte, perderá força, mas ainda assim, há condição para chuva em várias cidades.
Já o vento estará bem forte denunciando a persistente atuação do JBN, onde sobre o nível de 850 hPa (1.500 metros), o modelo europeu indica em valores superiores a 80 km/h, o que pode trazer transtornos, principalmente para municípios de maior relevo.
Onde fica?
(Crédito das imagens: Reprodução/Google – Arquivo/Runner Up – Reprodução/Cemaden – Reprodução/Decea/Redemet - Reprodução/Funceme – Reprodução/Simepar – Reprodução/Windyty)
Meteorologia de
Primeira onda de frio moderada de 2019 chega ao sul da Amazônia Ocidental na próxima quarta-feira (13), provocando chuvas torrenciais e temporais
Semana começa com céu nublado e risco de temporais em RO
Chuvas podem ficar acima da média nos próximos 3 meses em RO, prevê Inmet
MAIS LIDAS
POLÍTICA / ECONOMIA / MODAMeteorologia
Policial
Geral
Meio Ambiente
Geral
Meteorologia
Mundo
Policial
Policial
Policial
NOVIDADES
POLÍTICA / ECONOMIA / MODA